terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Entendendo o Marxismo - Contexto Histórico-Econômico

Para discutir este aspecto, tomemos o discurso genuíno de Karl Marx tecendo considerações históricas sobre a Análise da Mercadoria:

"A redução analítica da mercadoria a trabalho deve levar em conta duas afirmações:


  • Redução do valor de uso a Trabalho Concreto, ou seja, atividade produtiva para um fim determinado;
  • Redução do Valor de Troca a Tempo de Trabalho ou Trabalho Social igual;


é o resultado de intensa pesquisa efetuada por mais de um século e meio pela economia política clássica, pelos seguintes filósofos:


  • William Petty na Inglaterra;
  • Boisguilbert na França;
  • David Ricardo na Inglaterra;
  • Sismondi na França.


Vamos conhecer um pouco sobre cada um.

William Petty

Possui grandes vantagens curriculares sobre Karl Marx:

  • Economista;
  • Cientista;
  • Filósofo;

Além disto, estudou Anatomia, relacionou-se com Descartes e foi secretário particular de Thomas Hobbes. Também estudou medicina. Prestou serviço no exército de Oliver Cromwell.

A partir de 1666, dedicou-se ao estudo de Cioências Sociais.


  • Escreveu 2 importantes textos:
  • Tratado de Impostos e Contribuições;
  • Aritmética Política;

Boisguilebert - Pierre Le Pesant

Recebeu educação clássica em Rouen, na França. Entrou na magistratura e se tornou Juiz. Foi presidente da província de Rouen, seu local de nascimento.

Estudou nas condições locais de sua província, e se preocupou sobremaneira com a taxação dos pobres.

Ele resumiu a situação da França, na sua época, da seguinte forma:

"A raça humana, hoje, está completamente dividida em duas classes, uma que não faz nada mas goza de todos os prazeres. Outra que trabalha de dia até a noite, conseguindo apenas adquirir suas mínimas necessidades."

David Ricardo

Estabeleceu os pressupostos sobre os quais Karl Marx construiu seus pensamentos (vejam que não dissemos teorias e nem filosofia):

  • Livre mobilidade da mão de obra;
  • O Valor das mercadorias tem por base a quantidade (medida em tempo) de trabalho dispendido na sua produção. Portanto, o pensamento de Karl Marx não é novo;
  • Os países trocariam Mercadorias as quais fossem capazes de produzir com o menor custo possível, em termos de quantidade de Trabalho.

David Ricardo é considerado o sucessor do filósofo e economista prático Adam Smith.

Ele era de descendência holandesa, de judeus sefaraditas. Começou a trabalhar na Bolsa de Valores com 14 anos, adquirindo uma visão profunda da essência das mercadorias e da estimativa de valores dessas.

Leu "A Riqueza das Nações" de Adam Smith, literatura de caráter lapidar da Economia, em 1799 (com 27 anos de idade).

Foi fortemente influenciado pela Revolução Francesa. Como resultado, tornou-se um defensor do Liberalismo. Escreveu um dos tratados mais importantes da Economia Clássica: "Os princípios", publicado em 1817.

Já no ano de 1815 (43 anos de idade) era considerado o mais importante economista da Grã-Bretanha.

Jean de Sismondi

Mais um filósofo economista do rol dos influenciados pelo grande Adam Smith. No entanto, sua admiração por esse se dissiparia em 1819, quando publica seu trabalho "Novos princípios da Economia Política", onde levanta a necessidade de uma Redistribuição da Riqueza. Segundo ele, o Liberalismo aumenta a miséria dos trabalhadores, porque:


  • a concorrência exerce uma pressão no sentido da redução dos custos de produção e portanto sobre os salários;
  • o ritmo elevado do progresso técnico faz com que os antigos resistam na base da redução de preço e, portanto, dos salários.


Duas conclusões que não resistiram à história social de que temos notícia e do que observamos em nossa vida cotidiana. A concorrência é o fator mais salutar do universo econômico. Ela abaixa os preços e fomenta o emprego. Já o salário obedece a um balanço de muitos fatores, e a concorrência e o progresso técnico só são alguns deles.

Diferentemente do informado por Karl Marx, Sismondi era suiço, e não francês. Talvez por se comunicar com ele em francês, achasse que ele o era. Karl Marx também tinha o péssimo hábito de não confessar a propriedade das ideias que tomava por base para o seus trabalhos. Não citava os créditos de seus inspiradores.

Sismondi estava convencido de que seus estudos constitucionais, que mostravam em essência que a Constituição e as Leis são as bases da Liberdade e determinam o caráter de um povo e a cidadania, tiveram um impacto real nas ideias políticas europeias.

A partir de 1796, começa o seu trabalho "Pesquisa nas Constituições das nações livres" publicado na década de 1830 que se constituiu na base do projeto de Constituição Liberal que Sismondi ajudou Benjamin Constant a rascunhar em 1815.

Ao estudar as Constituições das Repúblicas Italianas, ele fatalmente estudou a história dessas, e isto o levou a escrever mais um de seus trabalhos "História das Repúblicas Italianas na Idade Média", em 16 volumes.

Nestas repúblicas livres e autônomas, Sismondi achou as origens do Liberalismo. Ele foi o economista que chegou em primeiro lugarà fama internacional em 1803 com "Princípios da Eco0nomia Política aplicados à Legislação do Comércio".

Este último trabalho que mencionamos é a primeira exposição clara da doutrina de Adam Smith em uma língua que não fosse o inglês; além disso, o trabalho foi encarado como uma oposição ao Sistema Napoleônico em política e economia.

Sismondi foi aclamado como fiel intérprete de Adam Smith.

No entanto, observando o panorama da Revolução Industrial, com longas jornadas de trabalho, uso de mão de obra infantil e a criminalidade urbana, ele deixou de ser um adepto do "laissez-faire" (mote do liberalismo: deixe fazer, deixe passar, que o mundo anda por ele mesmo), escrevendo o seu outro trabalho "Novos princípios da Economia Política".

E é este último trabalho que inspirou Karl Marx e também Lenin, que consideraram como a mais importante contribuição para a Economia Política.

Conclusão

Vemos que as "crônicas" sócio-econômicas de Karl Marx tem bases que podem incluí-lo na máxima "fiz meu trabalho me apoiando em ombro de gigantes", porém ele não se dignou a citar estes "gigantes" no decorrer de seus escritos, relegando-os a meros referenciais, sem lhes exaltar as ideias, de acordo com a correta técnica de citação.




sábado, 1 de dezembro de 2018

Entendendo o Marxismo - Valor de Troca e Tempo de Trabalho

O Valor de Uso exprime uma relação causal. O Trigo e o Milho se prestam à finalidade de alimentação. Já o Linho e o Algodão servem como matéria prima para a indústria de tecelagem para serem transformados em roupas, roupas de cama e agasalhos, cujo valor prático é inestimável.

A Troca

Mas suponhamops que, no mercado, estamos decididos a trocar algumas sacas de Trigo por alguns rolos de Linho. Não estamos fazendo uma troca com o fim de permutar nossa alimentação. Não tencionamos comer Linho. Provavelmente, compramos Trigo a mais para a nossa alimentação, e sendo capazes de produzir peças de vestuário, trocamos o excedente do Trigo por matéria prima para roupas.

O que aconteceu com o Valor estritamente de Uso alimentar que se poderia esperar do Trigo ?

A comida pode se transformar em vestuário (sem tratamento químico, obviamente) ?

Vamos apreciar um outro caso. Seja a própria máquina utilizada na fabricação de mercadorias, como o tear mecânico. Seria um erro afirmar que o seu Valor de Troca não é determinado pelo tempo de mão de obra que ela substitui, e sim o tempo utilizado para a sua fabricação.Para termos certeza disto, basta pensar nesta máquina como sendo fabricada por outra. Se ela for fabricada por outra máquina, o tempo de fabricação será drasticamente diminuído, bem como o seu Valor de compra, afinal o tempo de fabricação foi reduzido. Isto condiz com a nossa definição basilar de Valor por Tempo de Fabricação.

Parâmetros que ditam a Variação do Valor de Troca.

Se não existisse a melhoria dos diversos processos de fabricação, o Valor de Troca sempre seria constante. Igualmente, se não existisse uma menor ou maior disponibilidade de matérias primas, variações de condições climáticas e outros fatores, os valores de troca seriam eternamente constantes.

Portanto, uma quantidade de trabalho produzirá mais ou menos mercadorias, de acordo com as várias condições que constam do cenário de produção.

Hoje, a disponibilidade de ouro, por exemplo, é bem menor nos veios já explorados do que há anos atrás. Nos idos tempos da colonização, ele aflorava na forma de ouro de aluvião, e o percentual de ouro por tonelada de rocha extraída era maior. Este é o caso clássico dos metais preciosos.

Em outras palavras, a escassez de uma determinada riqueza, seja mineral ou extrativista, determina a majoração de seu Valor de Troca. Esta é uma das exprtessões da Lei da Oferta e da Procura.

O Dinheiro como representante Universal do Valor de Troca

A invenção da moeda, ou de outro modo, do dinheiro trouxe às trocas um verdadeiro intermediário QUE NÃO TEM CARACTERÍSTICAS DE MERCADORIA UTILITÁRIA OU OSTENTATIVA.

  • O Dinheiro não tem uso como uma Mercadoria, da qual você precisa, para um determinado USO;
  • O Dinheiro dispensa longas listas de conversão de Valores de Troca entre várias Mercadorias;
  • O Dinheiro não precisa de um local de armazenamento tão grande quanto o volume total de mercadorias que ele poderia comprar;
  • O Dinheiro pode ser representado por uma simples anotação de crédito ou de débito em uma folha de papel;

Com o advento do cartão de débito e de crédito, avançamos mais um nível na escala de significado da Moeda. A Troca de uma Mercadoria por Dinheiro foi substituída pela simples ANOTAÇÃO DE TRANSAÇÂO. Neste tipo de negócio, só é feito um registro na Conta Corrente do comprador e do vendedor, sem o uso de qualquer volume de Moeda física.

O valor das transações é simplesmente subtraído do montante da conta corrente ndo comprador, ao mesmo tempo em que é somado ao montante da conta corrente do vendedor.

No caso da compra a crédito, é criado um grupo de transações de igual valor, igual à fração correspondente ao número de prestações combinado na compra. Em três vezes, por exemplo, são criadas três transações com dia marcado para serem concretizadas, cada uma com o valor de um terço do valor da venda.


sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Relatório da Distribuição de Renda no Brasil

A distribuição de Renda no Brasil é boa; é justa; tem melhorado ?

Se você tem estas dúvidas, deve ler este post.

Ministério da Fazenda

Em vista dos constantes achaques sobre os contribuintes e da busca por mais transparência, um dos lados resolveu reagir. O Ministério da Fazenda resolveu consolidar os produtos das Declarações de Renda dos Contribuintes junto a outras informações de Pesquisas Governamentais em um só relatório resumo, mais claro para os públicos técnicos e leigos, porém conservando a substância de análise dos dados em gráficos. Deste trabalho surgiu o RELATÓRIO DA DISTRIBUIÇÃO PESSOAL DA RENDA E DA RIQUEZA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA.

As fontes para geração deste relatório são:


  • PNAD - Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicíçlios;
  • POF - Pesquisa de Orçamentos Familiares;
  • IRPF - Imposto de Renda da Pessoa Física;

O Brasil ocupava em 2013 a 28ª posição em relação ao GINI (sobre nome do matemático Italiano Conrado Gini, índice do Banco Mundial para estimativa da Distribuição de Renda), com o coeficiente de 0,59 (quanto maior, maior a distribuição da Renda.

Resultados

Os dados do Relatório de Maio de 2016 apresentam parte da conclusão em sua página 14:

"Os dados disponíveis atualmente indicam haver forte concentração de renda e da riqueza nos extratos mais altos dos contribuintes brasileiros, apesar de uma leve queda na partiucipação desse extrato da população ao longo dos anos".

"A distribuição da riqueza também apresenta elevado grau de concentração . Apenas 8,4 % da população se apropria de 59,4 % da riqueza, no Brasil".
Fatores que levaram a este Resultado

Relatório completo em: (Google: "RELATÓRIO DA DISTRIBUIÇÃO PESSOAL DA RENDA E DA RIQUEZA pdf" )

http://www.fazenda.gov.br/centrais-de-conteudos/publicacoes/transparencia-fiscal/distribuicao-renda-e-riqueza/relatorio-distribuicao-da-renda-2016-05-09.pdf/view

Fatores que conduziram a este resultado


  • Lucros bancários exorbitantes;
  • Juros altos até o ano 2016;
  • Empréstimos do BNDES em condições privilegiadas a grandes grupos econômicos;
  • Altos impostos na carga da classe média (a alta produz, a baixa usufrui deste aporte em programas sociais);
  • A mão de obra desqualificada não consegue gerar renda suficiente para compensar o que é gasto para mantê-la por intermédio de benefícios, num ciclo vicioso que a impede de se qualificar e consequentemente aumentar a sua renda;
  • Expansão monetária criada pelo Estado. É o crédito oferecido à razão de 9 para 1. Ou seja, o crédito exagerado contraditoriamente gera a queda de renda global da população;

Comentário

A conclusão está no título anterior. Nosso comentário é que o crédito deve ser oferecido ao extrato populacional que tem menos riqueza, e não para quem está no topo da renda. "Dinheiro chama dinheiro". Para quem já tem muito, qualquer crédito provoca ganhos exorbitantes. Qualquer 0,1 % para os grandes grupos econômicos é um ganho extraordinário até pela fórmula de juros simples:

J = Cit/100

Imagine para a de juros sobre juros.


domingo, 11 de novembro de 2018

Trabalho criador de Valor de Troca e conteúdo social

Em "O Capital", o filósofo Karl Marx diz:

"O trabalho criador de Valor de Troca caracteriza-se, finalmente, pelo fato de as Relações Sociais entre as pessoas se apresentarem, por assim dizer, como uma 'Relação Social entre as coisas'".

Parece uma metáfora exagerada. Não vamos julgar agora. Vamos ver se na continuação da sua assertiva ele consegue dar sentido ao que propõe:

"É comparando um Valor de Uso com um outro, na sua qualidade de Valor de Troca, que o trabalho de diversas pessoas é comparado no seu aspecto de trabalho Igual e Geral".

Vejamos se a sua última conclusão, prosseguindo no seu raciocínio, é correta:

"Se é pois verdade dizer que o Valor de Troca é uma relação entre as pessoas, é necessário acrescentar uma relação que se esconde sob a aparência das coisas".

Análise

Vamos analisar, nos dias de hoje, se isto procede:

Suponhamos dois desconhecidos, e para tornar o modelo mais nítido, dois desconhecidos de classes sociais distantes. O Primeiro deseja trocar algo que tem, que não usa mais, por uma moto de 150 cilindradas. Ele vam a conhecer uma Segunda pessoa, que possui esta moto, e começa a combinar a troca.

A Segunda pessoa deseja um XBox One, e apesar de seu alto poder aquisitivo, não quer comprar um novo. O Primeiro tem este equipamento, e não o usa mais. Na estimativa dos valores, evidentemente depreciados, pois o XBox não é novo, assim como a moto não é nova. Os anos de fabricação não são os mesmos tanto da moto quanto do XBox One.

Mas mesmo sendo ambos usados, a Segunda pessoa argumenta que o XBox One não cobre o Valor de Troca da moto, respeitadas as condições de uso. Esta Segunda pessoa pergunta se o Primeiro não tem outro equipamento eletrônico que não use mais. O Primeiro tem um som muito bom e que não usa mais. A Troca chega a um acordo.

Para a Segunda pessoa, a moto não tem mais nenhum valor de uso. Está encostada, e provavelmente vai precisar de uma revisão. Para o Primeiro, tanto o XBox quanto o som são estorvos, que não usa mais, e que deixados sem uso podem se estragar.

A Troca

Como dissemos, a troca é efetuada. No nível de Troca, não existe Valor Social nenhum. Não existe conhecimento do Valor de Uso inicial imediatamente após a conclusão da fabricação da Mercadoria. Mesmo que fosse lembrado, as mercadorias já são antigas, usadas, e não tem mais seu valor original.

Mercadoria não tem memória, não tem história. Se houvesse Valor Social envolvido, a Primeira Pessoa envolvida na troca sempre utilizaria o som comprado. A compra seria uma espécie de "Compromisso de Uso". Acontece que isto é normal na sociedade. As pessoas param de usar as coisas, ou compram coisas novas, mais modernas, mais eficientes, menores, ou mesmo combinadas com outras funções. E fazem isto mesmo que a Mercadoria tenha sido adquirida por alto preço.

Se fosse verdadeiro o argumento do Valor Social, as pessoas não se desfariam de seus bens adquiridos até por valores inferiores aos da Compra. Mercadoria não tem história, como o tem os homens.

O Valor de Troca, segundo KM, pode se reduzir com o Tempo, à medida em que a Indústria consegue produzir em maior quantidade e até mais rápido, quando se aborda o problema por unidade.

E mesmo a mercadoria nova, sendo produzida de forma mais rápida, é mais barata. A antiga foi produzida em condições anteriores, mais lentamente, e portanto seria mais cara. Mas o Mercado leva em conta o uso que se faz, e não a História da Mercadoria. Exceção é feita no mercado de antiguidades e só. E ainda assim, a antiguidade ainda tem o agravante de ser "rara", ou seja, a quantidade disponível no presente deve ser pouca ou bem pouca.

Portanto, o tal "Valor Social" só se dá nos casos onde a "história" do Valor de Uso é importante.

O termo SOCIAL, na teoria de KM, é puramente um fator de despertamento do raciocínio filosófico necessário para discutir e aperfeiçoar a Economia, elevada à categoria de Ciência Social.

Toda crítica é positiva para o esclarecimento e para o despertar de novos detalhes.

Esclarecimentos quanto ao caráter Social


  • O Valor Social não está na Mercadoria, como valor "coagulado", mas no Trabalho do operário, em seu meio social. E como ?
  • O Trabalho, seja qual for a remuneração do trabalhador, é fator de Integração Social.
  • A remuneração do Trabalho deve ser proporcional ao tempo do trabalho e à relevância da função desempenhada para a evolução social.

Portanto, quanto mais antigos os empregados, melhor deve ser a sua remuneração. E quanto maior ma responsabilidade, também maior deve ser a remuneração do trabalhador.

Deve-se ter muito cuidado com os termos "Trabalho Simples", "Trabalho Igual" e "Valor Social" de Karl Marx, pois abre precedentes para que os capitalistas tratem todos os trabalhadores como uma massa de Pessoas Iguais, sob a justificativa de que o Trabalho é Social, e não Individual.

Conclusão

O trabalho transfere este "Conteúdo Social" da Mercadoria para o Trabalhador. Este deve ser reconhecido individualmente, e não coletivamente, pois "embaça" a visão do trabalhador.

 

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Entendendo o Marxismo - O Exemplo de Valor

Diz Marx, em sua obra:

"Assim como uma Libra de Ferro e uma Libra de Ouro representam a mesma massa, apesar da diferença de suas propriedades físicas e químicas, assim os Valores de Uso de duas Mercadorias, CONTENDO IGUAL TEMPO DE TRABALHO, representam o mesmo Valor de Troca".

E segue, em sua lógica:

"O Valor de Troca aparece, portanto, como uma FORMA NATURAL SOCIALMENTE DETERMINADA DOS VALORES DE USO, forma determinada esta que lhes é devolvida enquanto objetos que são, e graças à qual, no processo de TROCA, eles se substituem um ao outro em relações quantitativas determinadas, e formam equivalentes, do mesmo modo que os corpos químicos simples se combinam em certas proporções, formando equivalentes químicos".

Karl Marx, com este último argumento, quer inserir as Trocas de Mercadorias no ritual de nossos rituais Sociais. A Troca, naqueles tempos de Marx, ainda prevalecia, ao invés da compra através da moeda. Então ele interpretava e inseria as trocas de mercadorias no contexto social, como rito social.

Hoje, já substituímos esta Troca por algo denominado como Compra e Venda, e segregamos estas permutas para o campo da Economia. Lembre-se, o trabalho era quase toda a vida das pessoas, pois elas laboravam por 18 horas diárias, a ponto de caírem no sono, durante o trabalho. Não existe mais Troca, e não existe caráter social no fenômeno da Compra e nem no da Venda.

Também não faz mais parte do fenômeno de classes o grande acesso às mercadorias, que os burgueses tiunham, em detrimento da plebe, pois hoje O CRÉDITO AO CONSUMIDOR EM GERAL ESTÁ BEM FACILITADO. Não existe mais luta de classes para o direito ao consumo.

Relação Social de Produção

E Marx continua:

"Somente o hábito da vida cotidiana faz considerar como banal e como evidente o fato de uma Relação Social de Produção tomar a forma de um objeto, dando às relações entre as pessoas, no seu trabalho, o aspecto de uma relação que se estabelece entre as coisas e as pessoas".

O trabalho intenso nas fábricas, naqueles tempos de Revoiução Industrial, com os operários passando longas horas laborando, podia enganar a mente dos desavisados e dos trabalhadores, a ponto de convencê-los de que a fábrica era quase como a CASA daquelas pessoas, ou um lugar de CULTO, ou seja, Culto ao Trabalho. A busca do sustento era o único ritual daquela massa de Trabalhadores. Os produtos continham aritmeticamente um Tempo dos Operários, e conceitualmente um Conteúdo Social, como queria Marx.

Mas isto é um engano. Conteúdo Social não pode ser vendido. Se assim fosse, a Mercadoria também pertenceria ao "agrupamento social" dos trabalhadores, e não poderia ser vendida sem autorização deles. Mas isto não procede. A Mercadoria é do proprietário da fábrica, que dá um pagamento aos operários, pela VENDA da mão de obra destes.

Não existe romantismo e nem fenômeno social na produção. O Trabalho é, antes de tudo, um Direito Social de inserção na Sociedade, e existem trabalhos que não produzem Mercadorias palpáveis.

A Libra de Ferro e a Libra de Ouro

O exemplo de KM se mostra um pouco infeliz, ao comparar apenas o Tempo de Produção entre uma mercadoria feita de ouro e outra confeccionada de ferro. As pessoas dão especial valor ao brilho das mercadorias confeccionadas com o metal Ouro.

O Ferro possui outra associação na mente humana, que lhe atribui a dureza necessária para a construção de ferramentas e a ductibilidade apropriada para a moldagem de peças complexas como engrenagens, encaixes, conexões, articulações, etc.

Um possui Valor de Uso decorativo, ostensivo, enquanto o outro tem Valor de Uso utilitário, estando principalmente presente na estrutura de todas as construções bem feitas. Existe muito mais coisa envolvida na determinação dos Valores de Uso e, portanto, nos Valores de Troca, que a vã filosofia de KM poderia supor naqueles tempos sombrios.

O profissional especializado

A competência técnica do Ourives (profissional que mexe com o ouro) faz com que a avaliação de VALOR ultrapasse o Tempo dispendido pelo trabalhador, tão somente.

A abordagem de KM, percebe-se, é mais a de um escritor e jornalista, sua profissão, do que a de um engenheiro de produção, capaz de analisar parâmetros técnicos, até de segurança, no caso do ferro. Quem já viu o trabalho em uma siderurgia sabe que a manipulação do Ferro fundido é bem mais perigosa do que a do Ouro fundido. O Ouro é bem mais fácil de moldar. Já o aspecto de extração do Ouro envolve uma enorme dificuldade, a começar pela sua raridade.

Explorando mais contradições no modelo de Valor da Mercadoria

Suponhamos dois grupos de operários que fabricam um mesmo modelo de cadeira, utilizando a mesma matéria prima e as mesmas ferramentas, no mesmo ambiente de uma fábrica.

O primeiro grupo demora 30 minutos para o processo, e o segundo 50 minutos. Na fabricação é usada a serra mecanizada e o torno mecanizado de madeira. O material, o acabamento, os encaixes, os ângulos e os cortes de madeira são os mesmos para ambas as equipes.

Pelos parâmetros de KM, a cadeira fabricada em 50 minutos, pela segunda equipe, teria que ser mais cara, pois utilizou mais tempo de produção. Acrescentemos que este segundo grupo não fez pausas em relação ao primeiro, apenas é mesmo mais lento.

Então, como ficamos em relação aos postulados de KM ?

Estaríamos premiando os mais lentos, pois utilizando mais tempo sua mercadoria teria que ter mais valor ? Sendo a cadeira produzida, no mesmo local, com o mesmo material, poderia ser mais cara ?

Em termos de Mercado, a segunda equipe, a mais lenta, perderia a sua chance de vender seu produto, em função de algo que será tratado mais à frente: a CONCORRÊNCIA.

Mas a premissa de igualdade da mercadoria fica comprometida, principalmente se o segundo grupo garantir um mercado fiel entre pessoas que preferem mercadorias fabricadas com mais lentidão, mesmo que isto não garanta mais qualidade, como forma de ostentação de uma Marca. Conhecendo marketing, sabemos que muitas fábricas produzem duas linhas do mesmo produto, colocando naqueles com mais qualidade uma outra marca. Mas a fábrica é a mesma.

O mesmo fazem certos restaurantes, que servem a comida originária da mesma cozinha, para um público seleto na sua sede principal, e as porções mal cozidas e com aparência comprometida em um local mais simples, para um público não tão seleto quanto o primeiro.

Algumas razões para a Interpretação de Karl Marx

As interpretações imprecisas de Karl Marx tem origem no contexto de sua época, o fato de nunca ter vivido como participante efetivo das verdades econômicas dos operários, faltando-lhe, portanto, elementos para avaliar os fatores humanos e técnicos envolvidos na avaliação correta do Valor da Mercadoria.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Entendendo o Marxismo - Trabalho Coletivo

Ainda no capítulo 1 de sua obra "Contribuição à crítica da Economia Política", Karl Marx faz 3 afirmações sobre o Trabalho para produzir uma mercadoria, que apresentaremos agora:

  1. O caráter social do trabalho não advém de o trabalho do indivíduo tomar a forma abstrata da generalidade, ou de o seu produto tomar a forma de um equivalente geral;
  2. É o regime comunitário, no qual repousa a produção, que impede que o trabalho do indivíduo seja trabalho privado, e que, pelo contrário, faz diretamente do trabalho individual a atividade de um membro do organismo social;
  3. O trabalho que se manifesta no valor da troca é, por hipótese, o trabalho do indivíduo isolado. E ao tomar a forma do seu contrário imediato, a forma da generalidade abstrata, que ele se torna Trabalho Social;

Dizer que o trabalho de indivíduos se torna um trabalho generalizado, é o mesmo que comparar diferentes espécies de açúcar. Mesmo todos sendo açúcar e servindo para adoçar, seus conteúdos minerais e sua passagem pelo corpo, além do próprio gosto, são bem diferentes. Mesmo em uma turma de fábrica com as mesmas atribuições, por exemplo, ensacadores, existem característicos pessoais de:

  • líderes,
  • resolvedores de problemas,
  • porta-vozes,
  • pacificadores e
  • incentivadores da equipe.

O regime de trabalho de fábricas, mesmos tendo os tipos apresentados, não pode ser chamado de comunitário, e nem talvez de cooperativo, pois as pessoas trabalham pelo sustento. Este aspecto derruba por completo a visão de Trabalho Social. Os operários trabalhavam, particularmente no tempo de Marx, de forma a evitar as punições e a perda do pagamento devido. Se naquela época o trabalho fosse sequer cooperativo, operários não teriam perdido dedos, mãos e até braços naquele caos das fábricas.

Trabalho Coletivo e Produto

Vamos usar, mais uma vez, o método de análise das afirmações de KM, de forma a entender seu ponto de vista sobre esta faceta do problema da mercadoria:

  1. Se o operário A produz o produto P, e o operário B produz o mesmo produto P, o produto P é um equivalente geral;
  2. O produto P não é propriedade abstrata nem do empregado A e nem do empregado B, mas da comunidade dos operários;
  3. Mas o Valor de Troca do produto P corresponde ao tempo de trabalho de um empregado, seja A ou seja B. O Valor de Troca é geral, mesmo baseado em uma unidade de esforço individual.

Existe um sofisma neste raciocínio oferecido pelas últimas três afirmativas de KM. Ele omite as horas, isto é, o tempo trabalhado, fundindo e tirando a média dos trabalhos dos operários, como se, mesmo com o auxílio de máquinas, produzissem uma mercadoria num tempo bem próximo. Outro sofisma é o discurso de "comunidade de operários", argumento que já refutamos mais acima.

Ao passar pela fábrica, o empregado deixa uma individualidade impressa, até porque os líderes das unidades produtivas precisam ressaltar os bons exemplos, para que os demais empregados se espelhem neles. Um só empregado, com senso de liderança e de solidariedade, não pelo espírito de comunidade, mas por dom natural peculiar, pode incutir ânimo nas equipes, promovendo o aumento da produção. Isto é natural de pessoas trabalhando juntas por horas e por anos a fio.

Da mesma forma, um só empregado rebelde pode comprometer o desempenho dos demais pela sua influência deletéria, pela sua revolta, pelo seu pessimismo ou espírito de dissensão. Estes são fenômenos grupais, muito diferentes de fenômenos sociais, nos quais o objetivo é a harmonia de convívio. Em uma fábrica o objetivo não é o convívio, e sim a obtenção do sustento, com muito mais razão nos tempos da Revolução Industrial do que nos tempos de hoje.

KM implementa seus sofismas com base num coletivismo que busca seu valor através da tentativa de cálculo do trabalho contido na produção, representado pelo cálculo do valor da Mercadoria, seja pelo seu valor de uso, seja pelo seu valor de troca.

Vamos prosseguir com o raciocínio de KM, em seu esforço de introduzir as relações sociais no trabalho, tentando lhe dar um valor, pela quantificação do valor da mercadoria produzida:

  1. O trabalho criador do Valor de Troca caracteriza-se, finalmente, pelo fato de as relações sociais entre as pessoas se apresentarem, por assim dizer, como que invertidas, como que uma relação social entre as coisas (materialismo das relações sociais);
  2. É comparando um valor de uso com o outro, na sua qualidade de Valor de Troca, que o trabalho de diversas pessoas é comparado no seu aspecto de trabalho igual e geral (igualdade pelo trabalho que produz uma mercadoria);
  3.  Se é pois verdade dizer que o Valor de Troca é uma relação entre pessoas, é necessário acrescentar: uma relação que se esconde sob a aparência das coisas;

Vamos analisar estas afirmações tão importantes para compreender este Conceito Social que KM quis construir, sobre o Valor das Coisas.

Em (1) constatamos a tentativa de realização do Materialismo Dialético, bem explicado no texto simples da Wikipedia:

Materialismo dialético é uma concepção filosófica que defende que o ambiente, o organismo e os fenômenos físicos tanto modelam animais irracionais e racionais, sua sociedade e cultura quanto são modelados por eles, ou seja, que a matéria está em uma relação dialética com o psicológico e o social.

Não me perguntem se concordo ou não com o materialismo dialético. As conclusões estarão no final desta longa série. Só acrescentem este conceito ao rol de conceitos de Marx.

Portanto, KM tenta mostrar (sigam a lógica dele) uma Relação Social entre as mercadorias pelo fato de serem produzidos em uma Unidade Coletivista dentro de uma fábrica. Isto tem base no Materialismo Dialético, mesmo que pareça um grande disparate.

Em (2) o Trabalho de equipes de produção de produtos envolvidos em uma Troca é comparado pelo seu Valor de Troca. No fundo, o Valor de Troca é o resultado da comparação dos Tempos para se produzir ambos, com os conceitos aprendidos até agora.

Estes Valores de Uso de e de Troca foram explicados no primeiro artigo desta série:

Entendendo o Marxismo - Mercadoria

Como já dissemos, então, o Valor de Troca provém do Cálculo do Tempo de Produção da Mercadoria, e que este tipo de tese de KM se apóia sobre "produtos que possam ser fabricados em grande quantidade e em tempo exíguo, de forma a oferecer ao mercado um valor baixo". Bens como veículos estão fora do escopo necessário ao nosso estudo, pelo menos por enquanto.

Desta forma, o tempo de produção dos bens mais utilizados, e que portanto precisam ser fabricados em grande quantidade, e que portanto vão oferecer um valor baixo, é praticamente o mesmo. Desta forma, teríamos o equivalente do trabalho dos empregados como sendo praticamente o mesmo para uma enorme gama de produtos, chamados de Mercadorias Simples no primeiro artigo desta série, cujo link está dois parágrafos acima.

E como conclusão deste raciocínio, em função do "equivalente de trabalho dos empregados", teríamos que os empregados, em geral, tem igual potencial de Trabalho. Ou seja, empregados socialmente iguais na função de Trabalho.

Duas visões sociais

Após esta conclusão a que chegamos, poderíamos ter duas visões do Trabalho acima conceituado pelo dono da fábrica: a do capitalista e a do socialista.

O Capitalista a perigosa leitura materialista do "equivalente de trabalho" dos empregados:

"Estão vendo, em geral os empregados das nossas fábricas são exatamente iguais. Ninguém é insubstituível, e se dispensarmos um, encontraremos igual força de trabalho numa infinidade vde candidatos aos empregos. Os trabalhadores formam uma massa de ferramentas de trabalho iguais. Assim, facilmente encontraremos peças de reposição humanas de nosso interesse".

Um socialista faria a seguinte leitura tendenciosa deste "equivalente de trabalho":

"Somos todos iguais no trabalho, portanto, socialmente, a nossa causa é comum (comunismo)".

E foi isso que aconteceu em alguns países desde os anos 1900.

A seguir

Exemplos práticos da valoração de Mercadorias e suas consequências.









domingo, 4 de novembro de 2018

Entendendo o Marxismo - Mercadoria

A Burguesia

Durante a Idade Média, surgiu uma quarta classe de pessoas, entre os já pre-existentes Realeza, Nobreza e "arraia miúda" (populacho, povaréu, gentinha, ralé). O comércio era feito à base de troca (escambo) e isto dificultava o acúmulo de riquezas por parte das duas primeiras classes. Sabia-se que ambas eram ricas apenas pela demonstração aparente do seu modo de vestir e do modo de viver. Elas possuíam bens e propriedades, porém sem uma forma precisa de avaliação.

Neste contexto, precisava aparecer alguém que fizesse a conversão da quantidade de um bem em outro, na hora da TROCA. Quem passou a fazer, inteligentemente, este papel foi a burguesia.

Suponhamos o seguinte exemplo. Um nobre encarrega um comerciante (burguês) de lhe conseguir trigo. Para isto, lhe dá 12 ovelhas para trocar. O comerciante lhe diz que a pele vale mais do que a carne, que não pode garantir se todas sobreviverão à viagem, e que portanto fará a troca pelas peles, e não pela pele e carne. O nobre concorda.

No mercado inglês, segundo levantamento de Adam Smith (A Riqueza das Nações), 12 peles de ovelhas compravam 94,5 Kg de trigo. Mas o burguês precisava garantir sua taxa de troca, pois tinha que sobreviver. Ele teria que pagar a viagem das ovelhas e o transporte do trigo na volta. Portanto, ele pode tirar 10 kg de trigo para si, além de ficar com a carne das ovelhas. Assim esta classe burguesa foi acumulando o seu capital.

A Mercadoria

Para o burguês, portanto, a sua riqueza era expressa pelo acúmulo de mercadorias que conseguia.

Neste momento entra o filósofo (exclusivamente isto1), com a sua teoria sobre Mercadoria.

Na visão de KM (Karl Marx, para simplificar o texto), a Mercadoria possuía dois valores:


O valor de uso não exprime nenhuma relação social de produção.

O Valor de Troca é a "relação quantitativa segundo a qual os valores de uso são permutáveis entre si". Como não havia ainda o dinheiro, havia a necessidade de estabelecer a relação entre os valores de uso das duas mercadorias que entravam em uma negociação específica.

Segundo KM:

"As mercadorias, tomadas em quantidades determinadas, equilibram-se, substituem-se na troca, avaliam-se como equivalentes, e representam assim, apesar da variedade das suas aparências, a mesma unidade."

"Os valores de uso são, de modo imediato, meios de subsistência".

Trabalho geral abstrato

No caso do trabalho artesanal, ou mesmo nas múltiplas funções dos empregados em uma fábrica, a valoração do trabalho poderia se tornar impossível, então KM define um trabalho abstrato, da seguinte forma:

"Mas como Valores de Troca representam trabalho igual não diferenciado, isto é, trabalho no qual se apaga a individualidade dos trabalhadores. O trabalho criador do Valor de Troca é, pois, o Trabalho Geral Abstrato".

Nest ponto temos que discordar veemente e logicamente de KM, pois cada trabalhador tem, na sua individualidade, mesmo naqueles tempos, e com mais razão nos tempos modernos, um conhecimento, habilidades, cursos de aperfeiçoamento, que influem na velocidade de seu trabalho, e na qualidade deste, fazendo com que a mercadoria seja um pouco melhor do que a média, caso não seja feita por máquina altamente padronizada.

"O tempo de trabalho é a existência viva do trabalho, não interessa a suaforma, o seu conteúdo, a sua individualidade; é o seu modo de existência viva na sua forma quantitativa, e simultaneamente a sua medida imanente".

Assim nasceu o Trabalho Medido pelo Cartão de Ponto.

Valor de Uso

O Tempo dispendido no trabalho para produzir uma mercadoria é a medida do seu Valor de Uso. Uma vez produzida a Mercadoria, temos o seu Valor de Troca. Este Valor de Troca é o "Tempo de Trabalho Coagulado" que foi necessári para produzir a Mercadoria.

Trabalho Simples

O Trabalho a que KM chamou de Trabalho Simples é um trabalho despido de qualidade. É o modo específico pelo qual o Trabalho cria o Valor de Troca, chamado por ele de Trabalho Social.

O Trabalho Social tem duas categorias: aquele que se realiza em Valor de Uso e aquelçe que se realiza em Valor de Troca. Este último era o que cabia à burguesia.

KM reduzia todas as mercadorias a uma só abordagem: ao tempo dispendido no trabalho para a produção da mesma. O indivíduo é como um órgão de trabalho.

A definição de KM para o Trabalho Simples é "trabalho para o qual qualquer indivíduo médio pode ser preparado".

Trabalho Complexo

O Trabalho Complexo se expressa como um múltiplo maior que 1 (uma) unidade em relação ao Trabalho Simples.

Trabalho Social

Expressa-se na igualdade do trabalho de indivíduos diferentes sob as mesmas condições.

Nesta definição KM está procurando a igualdade das pessoas na igualdade perante a produção de um mesmo valor de troca. Temos que levar em conta que, nos primeiros anos da Revolução Industrial, as pessoas trabalhavam até 18 horas por dia para atender a demanda da época, notadamente pelos produtos têxteis.

Esta simplificação da IGUALDADE SOCIAL é uma deturpação da definição da igualdade social dos indivíduos como pessoas separadas, com virtudes e dons peculiares à sua identidade no mundo.

KM usa "trabalho abstrato", "trabalho simples" e a própria sociedade industrial incipiente para definir um "indivíduo médio", através do Valor de Troca das mercadorias que ele produz, sob as condições controladas que ele estabelece teoricamente.

Ao invés de igualar as pessoas pela sua condição humana, ele procura a igualdade no fenômeno econômico da produção de mercadorias, tentanto também valorar esta igualdade no Valor de Troca de bens produzidos.

Esta é a perniciosidade da Teoria da Mercadoria de KM. Mas existe um outro aspecto ainda não percebido nesta pretensa Igualdade.

Ao definir Trabalho simples, e como consequência obter a Igualdade pela média dos indivíduos capazes de aprender a produzir satisfatoriamente uma Mercadoria, definindo, logo após, o Trabalho Complexo, ele abre o precedente óbvio de que

EXISTEM INDIVÍDUOS QUE EXECUTAM UM TRABALHO COMPLEXO, ACIMA DA MÉDIA DA MAIORIA, QUE EXECUTA O TRABALHO SIMPLES

Adivinhem quem são estes indivíduos ?

OS DIRIGENTES QUE ORGANIZARÃO O TRABALHO, DEFININDO QUANTO SERÁ PRODUZIDO DE CADA MERCADORIA2.

Conhecemos muito bem o resultado desta premissa dos regimes que pregam a ORGANIZAÇÂO DO TRABALHO. Nos regimes Socialistas e Comunistas. cabe ao governo e sua casta, a atribuição de um Trabalho Complexo, cuja medida do Valor de Uso é imponderável, chegando às raias do infinito.

Mas KM insiste que existe uma igualdade social:

"O trabalho de qualquer indivíduo, quando se manifesta em Valores de Troca, possui este caráter social de igualdade, e só se manifesta no valor de troca, quando relacionado com o trabalho de todos os outros indivíduos, e é considerado como trabalho igual".

Ou seja, dentro do sistema produtivo, de uma ou outra forma, perante os valores de troca praticados, o trabalho de todos os trabalhadores é igual.

Contexto destas definições de Karl Marx

KM se beneficiou dos eventos que se deram durante o início da Revolução Industrial na Inglaterra, pois sem a produção em larga escala, a diferença de Tempos de Trabalho para um trabalho artesanal apareceria nitidamente.

No trabalho artesanal a diferença de habilidades se mostraria nítida e indelevelmente, jogando completamente por terra os conceitos de Marx.

A seguir

No próximo artigo falaremos mais sobre op valor das marcadorias.

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1 - Karl Marx só pode ser visto como filósofo, pois nunca foi empregado de uma fábrica e nunca foi empresário. As contribuições de Engels, filho de empresário, não podem ser vistas como muito práticas, pois ele já estava "contaminado" pela empatia com os empregados da tecelagem do pai, até chegando a se casar com uma das ex-empregadas da fábrica do pai. Karl Marx foi apenas um jornalista, que mal conseguia o suficiente para sustentar a si mesmo, à esposa e aos seus filhos.
2 - Condição "sine qua non" de uma economia controlada pelo Estado (controle dos meios de produção).

domingo, 14 de outubro de 2018

A verdade sobre o Socialismo e Comunismo

O texto não é meu. É de um rapaz que vive em Liverpool:

É super-textão, mas tirem um tempo pra ler!

O conhecimento é inimigo das péssimas escolhas! 


Muito me intriga as pessoas que costumam argumentar contra o regime / ditadura militar no Brasil, que enchem a boca e estufam o peito para falar sobre o assunto, mesmo as que tenham nascido após o término do regime. Essas mesmas pessoas apontam o dedo pra alguém que se diz eleitor do Bolsonaro e dizem: Fascista!!! Não estudou história não?? Não sabe o que os militares fizeram? Não sabe das torturas? Não sabe das perseguições políticas? Não sabe dos desaparecidos?  E por fim, elas dizem: eu não voto em quem dissemina e faz discurso de ódio, em quem apoia tortura e torturador,  em quem apoia a ditadura e em quem não prioriza as minorias, em quem põe em risco a democracia. 

Então essas pessoas escolhem apoiar um partido de esquerda, socialista, coligado com o partido comunista, e que quer criar a URSAL: União das Repúblicas Socialistas da América Latina (uma nova versão da antiga URSS). Só que aí, dessa vez sou eu quem pergunto: vocês não estudaram história não? Ou vocês pularam essa parte propositalmente? Ou faltaram nessa aula? Esse capítulo foi arrancado no livro de história? Bom, vai ver vocês não gostavam de história mundial, sei lá. 

Pra vocês da turma “paz e amor” que perderam parte tão importante da história mundial do século XX, deixo aqui alguns comentários. 

1- Vocês que estufam o peito dizendo que não apoiam a ditadura, peço então que me respondam algumas perguntas. Pra quem não sabe, coloco a resposta na sequência.

- Fidel Castro era quem? Ditador em Cuba. 
- Josef Stalin era quem? Ditador da URSS.
- Mao Tsé Tung era quem? Ditador na China.
- King Jong Un é quem? Ditador da Coreia do Norte. 
- Nicolás Maduro é quem? Ditador na Venezuela. 
-  Teodoro Obiang Nguema é quem? (“Presidente” de Guiné Equatorial há 39 anos).
- José Eduardo dos Santos era o que até 2017? Ditador de Angola.
- Robert Mugabe é quem? Ditador do Zimbábue.
- Denis Nguesso é quem? Ditador do Congo (país mais miserável do continente africano).
- Ali Bongo é quem? Ditador do Gabão. 

O que esses países têm em comum, além do totalitarismo? Todos são países com regimes apoiados pelo PT (vale lembrar que URSS foi extinta) e/ou que possuem a mesma ideologia que o PT, PC do B e PSOL. Sim, ditaduras apoiadas pelo PT (tanto no governo Lula quanto no Governo Dilma) e em muitos casos financiadas com o dinheiro do imposto pago pelo contribuinte brasileiro. 

Mas agora você diz que não vota no Bolsonaro porque ele apoiou a ditadura que acabou mais de 30 anos atrás, mas vai votar em um partido que apoia TODAS as ditaduras citadas acima? Alguém me ajude aqui porque não estou encontrando a lógica. Por favor, alguém pra me ajudar? Alguém? Ninguém.

2- Para a turma do “paz e amor”,  que enche o peito pra falar sobre os mortos e desaparecidos do regime militar, vocês sabiam que de acordo com os números apresentados pela Comissão Nacional da Verdade, criada pela então presidente Dilma Roussef para apurar os crimes cometidos durante o regime militar, em relatório entregue a essa, o total entre mortos e desaparecidos no Brasil de 1964 a 1985 foi de 434 pessoas? (pg. 438-444, inclusive com gráfico de pizza, link: http://www.memoriasreveladas.gov.br/administrator/components/com_simplefilemanager/uploads/CNV/relat%C3%B3rio%20cnv%20volume_1_digital.pdf ). Deste total, 210 refere-se a desaparecidos durante o regime. Agora, se vocês me permitem, gostaria de apresentar um número adicional. 

- 115.000. Esse é o número de mortes em decorrência da ditadura cubana, direta e indiretamente. A ditadura cubana inclusive é tida como a mais letal das Américas. Isso significa que a ditadura cubana matou aproximadamente 260 vezes mais que a ditadura brasileira.

Sabe aquela ditadura do companheiro Che Guevara? Do Fidel Castro? O mesmo que saiu em tantas fotos com Lula e Dilma? Sim, é essa ditadura mesmo. Já pesquisaram quantas pessoas o companheiro “paz e amor” Che Guevara mandou executar? Não? Sugiro que façam isso. 

Link para confirmação:


3- O partido da vice-presidente na chapa do Haddad é o PC do B, que acredito eu a turma “paz e amor”, tão esclarecida intelectualmente, deve saber bem. Significa Partido Comunista do Brasil. 

Sem entrar em detalhe sobre o que o comunismo significa ideologicamente, apresento pra vocês, pessoas tão do bem,  tão amorosas e tão intelectualizadas, alguns números decorrentes dos regimes cuja ideologia política é a mesma do partido da possível futura vice-presidente do Brasil: o comunismo. 

- 20 milhões de mortes na União Soviética
- 1 milhão de mortes no Vietnã 
- 2 milhões de mortes no Camboja (Khmer Vermelho)
- 2 milhões (oficiais) na Coreia do Norte (os números são maiores já que o regime persiste na Coreia do Norte até hoje)
- 2,4 a 12 milhões de mortes na Ucrânia (Holodomor, mais conhecido como holocausto ucraniano, referente ao total de ucranianos que foram deixados morrer de fome pelos soviéticos russos)
- 1,7 milhões de mortes na África 
- 1,5 milhões de mortes no Afeganistão 
- 65 milhões de mortes na República Popular da China (eita, mas o tio Mao Tsé era fraco não)
- Além da Ucrânia, 1 milhão de mortes nos estados comunistas do Leste Europeu.

(Vejam o Livro Negro do Comunismo:
 https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Livro_Negro_do_Comunismo)

Vou me poupar da matemática e esperar que a turma do “paz e amor” faça aqui as contas do total de pessoas mortas pelos comunistas no século XX. Sabem quantas mortes pesam nas mãos dos nazistas? Especialistas trabalham com um número entre 5 e 6 milhões. Eu fico com a maior estimativa, que ainda é menos de 1/10 do que ocorreu só na China, nas mãos dos comunistas. 

Mas pera aí, como fica agora turma do paz e amor? Chocados?? Ou vale tudo para implantar a ideologia defendida pelo teu professor de história no colégio / faculdade, inclusive ignorar propositalmente mais de 100 milhões de mortes ocorridas nas mãos dos comunistas? Opa, não me aguentei e fiz as contas por cima. 

4 - Ainda pra turma da “paz e amor”, e “tudo pelo direito das mulheres”, “abaixo o machismo”, eu gostaria de perguntar uma coisa: vcs já pesquisaram a quantidade de estupros do Che Guevara? Naooooo??? Deveriam. Além disso, coloco mais algumas curiosidades:

- No regime de Mao Tsé Tung, militares chineses invadiam as casas com a justificativa de ensinar as crianças sobre o Livro Vermelho. Sabem quantas crianças foram estupradas nessa prática? Não? Sugiro que leiam “As boas Mulheres da China”, por XINRAN.

- Vocês sabiam quantas mulheres caem por dia nas mãos de traficantes de mulheres chineses enquanto fogem da fome e da inanição na Coreia do Norte? Não? Sugiro que leiam “Para Poder Viver”, de Yeonmi Park.

- Vocês sabiam que as mulheres no Camboja eram estupradas e depois tinham os seios cortados (para serem impedidas de amamentar) e eram jogadas ao relento para apodrecerem até a morte no regime do Khmer Vermelho? Não? sugiro pesquisarem sobre Nuon Phali e como ela deu a vida para ajudar mulheres a escaparem do regime comunista no Camboja.

5 - Para a turma “paz e amor” que enche a boca pra falar sobre os nazistas, suas práticas de genocídio e que não perdem a oportunidade de visitar Auchwitz quando vão à Polônia, e ler “O Diário de Anne Frank” (por sinal um dos meus livros favoritos) eu tenho uma pergunta: vocês já ouviram falar sobre os Gulags? Não?? Gulags são os campos de concentração e extermínio na União Soviética, no regime comunista. Sugiro que leiam “Arquipélago Gulag” de Alexander Soljenistin pra saberem um pouquinho mais sobre eles. E em “Para Poder Viver” vocês também saberão um pouco sobre os campos de concentração e extermínio que ainda existem na Coreia do Norte. 

(Arquipélago Gulag:
https://pt.scribd.com/doc/182299042/Alexander-Solzhenitsyn-Arquipelago-Gulag )

6 - À turma “paz e amor” que luta ferrenhamente pelos direitos LGBT e que se consideram de esquerda por se sentirem amparados e “apoiados” nas suas escolhas, pergunto: 

- sabiam que Marx e Engels consideravam a homossexualidade uma “degeneração decorrente do capitalismo e facilmente curável pelo socialismo”? Sim, eles já acreditavam e inclusive defendiam a cura gay. E vocês por aí achando que isso era invenção do Marcos Feliciano né?

- Sabiam que o comunista Máximo Gorki, em seu ensaio, “Humanismo Proletário” em 1934, afirmou “exterminem os homossexuais e o fascismo desaparecerá”? 

- Sabiam que estudiosos de esquerda, entre eles Jean Paul Sartre publicaram teorias pseudossexuais vinculando fascismo à homossexualidade?

- Sabiam que o pior momento para os homossexuais no século XX foi quando Stálin chegou ao poder, devido à brutalidade comunista na repressão ao homossexualismo?

- Sabia que o escritor cubano gay Reinaldo Arenas descreve como começou a perseguição aos homossexuais cubanos após a Revolução Cubana, inclusive com execuções e envio de homossexuais para campos de concentração?

Ué, mas a esquerda não é a favor do movimento LGBT? Não meus amigos, não é nem nunca foi. Para eles essas pessoas não passam de massa de manobra. Nos regimes socialistas / comunistas gays, lésbicas e simpatizantes foram perseguidos, presos, enviados para campos de concentração e executados. Inclusive com relatos de que esse tipo de execução era um dos passatempos favoritos do Che Guevara. 

Pois é....  A verdade dói né?

Agora, Fascismo mata? Sim. Racismo mata? Sim. Machismo mata? Sim. Homofobia mata? Sim. Xenofobia mata? Sim. 

Mas a sua ignorância disfarçada de pseudo intelectualidade histórica como justificativa para votar em partido de bandido mata muito mais. 

  • Mata muito mais porque você vota em quem rouba e tira dinheiro da saúde.
  • Mata muito mais porque você vota em quem rouba e tira dinheiro da segurança pública. 
  • Mata muito mais porque você vota em quem rouba e tira dinheiro da educação, perpetuando a tua ignorância e a dos outros. 
  • Mata muito mais porque você vota em quem rouba e tira o alimento da tua mesa, perpetuando a miséria, se não a tua, a dos outros.
  • Mata muito mais porque enquanto eles roubam, eles estimulam a divisão e a violência entre as classes, e essas matam entre si.

Enquanto eles roubam e você fica de mimimi sobre a tua notória experiência no campo intelectual da tortura , milhares são torturados nesse momento nas filas dos SUS sem atendimento médico, morrendo em corredores de hospitais, de infecção hospitalar, por causa de médicos despreparados e sem equipamentos.

Enquanto eles roubam e você fica expondo teu doutorado sobre a ditadura, seus mortos e desaparecidos, milhares são torturados e mortos por bandidos e armas de fogo, sequestrados, e desaparecem. Eles roubam e roubam e se deleitam com isso, enquanto pais perdem seus filhos, mulheres perdem seus maridos, crianças ficam órfãs, família são torturadas todos os dias. E sem chance de justiça. 

Enquanto eles roubam e você fica explanando tua superioridade pelo teu ativismo feminista, sobre “meu corpo minha regras”, “viva o aborto” e arrancando a roupa em via pública, defecando e enfiando crucifixo no cu, milhares de mulheres são estupradas no Brasil inteiro e nada vai acontecer porque o partido em quem você vota defende bandido e estuprador porque ele é vítima da sociedade e não você vítima da bandidagem. Milhares de crianças são abusadas sexualmente mas nada vai acontecer com os pedófilos porque o partido que você vota defende que pedofilia é doença e não crime. 

E enquanto você fica aí pregando todo o teu conhecimento sobre liberdade, democracia, e mostrando teu ativismo usando #EleNão, o partido que você vota declara abertamente que fará censura das mídias sociais, convocará uma nova constituinte, acabará com a autonomia dos órgãos investigadores, desmilitarizará a polícia e tomará o poder à força, se preciso for.

Enquanto você trabalha 6 meses do ano pra pagar imposto e vive mal e porcamente com o teu salário, quase sem conseguir pagar as contas, parcelando tua compras no cartão de crédito e crediário em 20x com juros, (isso quando você não faz parte dos 14 milhões de desempregados), eles vivem no luxo e na ostentação com o teu dinheiro, o dinheiro que desviaram do teu imposto, o dinheiro fruto do teu trabalho mas que você nunca vai receber. 

Enquanto eles te roubam o dinheiro e a dignidade, você também será roubado nas ruas (e sairá vivo com sorte), e não terá a quem recorrer porque a polícia foi desmilitarizada pelo partido que você vota. E quando eles acharem que não roubam o suficiente, vão aumentar teus impostos pra te roubar mais ainda, e você mais uma vez não terá a quem recorrer porque o partido que você vota limitou o poder de investigação do Ministério Público, da Polícia Federal e a ação dos juízes, pra que eles que te roubam todo o tempo não sejam condenados novamente, NUNCA MAIS. E você também não terá pra onde correr e como se proteger dos bandidos nas ruas porque o partido que você vota esvaziou os presídios libertando bandidos condenados pra andarem livremente por aí. E nem preso em casa você estará em segurança. 

E por fim, enquanto você paga R$30,00 no kilo da carne no Brasil (pra quem tem condição de pagar), no país vizinho eles se matam pra comprar carne podre no mercado, e quando não matam cães, gatos e pombos, para ter alguma proteína pra comer, e isso porque alguns anos atrás eles votaram num partido com a mesma ideologia política que o teu e apoiado pelo partido que você vota. 

Mas afinal eu não sei nada de história. Quem sabe são vocês.... Paz e Amor. 

L. C. L. Cal
Liverpool, Inglaterra.
10/10/2018