sábado, 1 de dezembro de 2018

Entendendo o Marxismo - Valor de Troca e Tempo de Trabalho

O Valor de Uso exprime uma relação causal. O Trigo e o Milho se prestam à finalidade de alimentação. Já o Linho e o Algodão servem como matéria prima para a indústria de tecelagem para serem transformados em roupas, roupas de cama e agasalhos, cujo valor prático é inestimável.

A Troca

Mas suponhamops que, no mercado, estamos decididos a trocar algumas sacas de Trigo por alguns rolos de Linho. Não estamos fazendo uma troca com o fim de permutar nossa alimentação. Não tencionamos comer Linho. Provavelmente, compramos Trigo a mais para a nossa alimentação, e sendo capazes de produzir peças de vestuário, trocamos o excedente do Trigo por matéria prima para roupas.

O que aconteceu com o Valor estritamente de Uso alimentar que se poderia esperar do Trigo ?

A comida pode se transformar em vestuário (sem tratamento químico, obviamente) ?

Vamos apreciar um outro caso. Seja a própria máquina utilizada na fabricação de mercadorias, como o tear mecânico. Seria um erro afirmar que o seu Valor de Troca não é determinado pelo tempo de mão de obra que ela substitui, e sim o tempo utilizado para a sua fabricação.Para termos certeza disto, basta pensar nesta máquina como sendo fabricada por outra. Se ela for fabricada por outra máquina, o tempo de fabricação será drasticamente diminuído, bem como o seu Valor de compra, afinal o tempo de fabricação foi reduzido. Isto condiz com a nossa definição basilar de Valor por Tempo de Fabricação.

Parâmetros que ditam a Variação do Valor de Troca.

Se não existisse a melhoria dos diversos processos de fabricação, o Valor de Troca sempre seria constante. Igualmente, se não existisse uma menor ou maior disponibilidade de matérias primas, variações de condições climáticas e outros fatores, os valores de troca seriam eternamente constantes.

Portanto, uma quantidade de trabalho produzirá mais ou menos mercadorias, de acordo com as várias condições que constam do cenário de produção.

Hoje, a disponibilidade de ouro, por exemplo, é bem menor nos veios já explorados do que há anos atrás. Nos idos tempos da colonização, ele aflorava na forma de ouro de aluvião, e o percentual de ouro por tonelada de rocha extraída era maior. Este é o caso clássico dos metais preciosos.

Em outras palavras, a escassez de uma determinada riqueza, seja mineral ou extrativista, determina a majoração de seu Valor de Troca. Esta é uma das exprtessões da Lei da Oferta e da Procura.

O Dinheiro como representante Universal do Valor de Troca

A invenção da moeda, ou de outro modo, do dinheiro trouxe às trocas um verdadeiro intermediário QUE NÃO TEM CARACTERÍSTICAS DE MERCADORIA UTILITÁRIA OU OSTENTATIVA.

  • O Dinheiro não tem uso como uma Mercadoria, da qual você precisa, para um determinado USO;
  • O Dinheiro dispensa longas listas de conversão de Valores de Troca entre várias Mercadorias;
  • O Dinheiro não precisa de um local de armazenamento tão grande quanto o volume total de mercadorias que ele poderia comprar;
  • O Dinheiro pode ser representado por uma simples anotação de crédito ou de débito em uma folha de papel;

Com o advento do cartão de débito e de crédito, avançamos mais um nível na escala de significado da Moeda. A Troca de uma Mercadoria por Dinheiro foi substituída pela simples ANOTAÇÃO DE TRANSAÇÂO. Neste tipo de negócio, só é feito um registro na Conta Corrente do comprador e do vendedor, sem o uso de qualquer volume de Moeda física.

O valor das transações é simplesmente subtraído do montante da conta corrente ndo comprador, ao mesmo tempo em que é somado ao montante da conta corrente do vendedor.

No caso da compra a crédito, é criado um grupo de transações de igual valor, igual à fração correspondente ao número de prestações combinado na compra. Em três vezes, por exemplo, são criadas três transações com dia marcado para serem concretizadas, cada uma com o valor de um terço do valor da venda.


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