Neste artigo vamos definir e caracterizar o comportamento para um novo ateísmo, adaptado às necessidades do século XXI.
Esta atitude revisionista visa deter aquilo que pode se tornar a nova Guerra Santa, talvez pior do que os conflitos religiosos da época das Cruzadas.
Contexto histórico-social
Com o aumento das condições de conforto das famílias, fruto de uma sociedade industrial desenvolvida, e com a paz prolongada na Europa, centro dos modismos e das definições de comportamento do mundo, vimos cair o interesse pelas coisas espirituais.
Acrescentemos os seguintes fatores:
- Escândalos sexuais dos sacerdotes da igreja católica (pedofilia);
- Percepção dos resíduos doutrinárias de civilizações antigas (Babilônia) na trindade cristã;
- Exploração financeira das celebrações da igreja evangélica;
- Queda do sentimento de respeito às autoridades, tanto no lar como na política;
- Multiplicação das fontes de informação oriundas de leigos, muitas delas deturpadas, na Internet.
A decepção com as religiões e um novo surto de Racionalismo Materialista está fazendo tanto a juventude como indivíduos maduros sentirem aversão pelas doutrinas e livros doutrinários. O exagero dos questionamentos está se chocando com a necessidade da sociedade de ter autoridades.
Antes procurava-se o conhecimento e a sabedoria com os parentes mais velhos e com os mestres. Agora as pessoas se iludem com a disponibilidade do conhecimento fácil. E a fonte deste último é, por excelência, a Internet.
Mas o conhecimento precisa de um mediador para que seja absorvido de forma confiável. Mas a Internet, como fonte inesgotável de conhecimento, com escritores sem a característica de mediadores (o mediador de uma boa matéria escrita seria uma boa Bibliografia), não produz a sabedoria. As fontes são duvidosas, pois geralmente é um leigo que está escrevendo. Percebe-se que é um leigo por detrás do conhecimento quando o artigo contém:
- Erros de escrita;
- Construções frasais confusas;
- Falta de concordância nominal e/ou verbal;
- Afirmações categóricas sem demonstração;
- Falta de sequência dos argumentos;
- Argumentos que não conduzem à afirmação colocada;
- Falta de conclusão;
- Conclusões categóricas sem os argumentos devidos;
A Ciência e o Racionalismo
A ciência nasceu da pura filosofia. À medida em que foram sendo inventados os instrumentos para medir as forças e quantificar substâncias e componentes da natureza, as experiências se tornaram possíveis, e os resultados puderam ser submetidos à razão, para que pudessem ser comprovados os princípios.
Todo princípio, antes de proporcionar medidas experimentais, precisa ser concebido por especulações filosóficas. Você não determina que vai descobrir o princípio de um fenômeno ainda não elucidado e descrito pela sua vontade própria. Portanto, não existe a ciência pela ciência. Ela é meio e não fim. A ciência compõe o registro de situações elucidadas e das medições dos parâmetros envolvidos nesta situação. Uma nova situação não tem registro, portanto a ciência não pode ainda falar nada sobre ela.
A ciência, por si só, não consegue explicar novas situações, com novos tipos de parâmetros e novos tipos de efeitos. Ela só entra em ação, nesta circunstância, quando se constata um novo princípio capaz de descrevê-la de forma satisfatória, fruto de uma inspiração. Não se pode investigar contextos inéditos com velhos princípios. Estes podem se combinar em um novo princípio, mas individualmente não o descrevem.
No entanto, existem cientistas que preferem dizer que um experimento foi mal feito, pelo fato dos resultados não se apresentarem dentro de princípios conhecidos. Este é o perigo do:
Racionalismo excessivo
Por já ter uma quantidade razoável de Ciência desenvolvida, os cientistas já "descansaram" em seu conhecimento. Já temos uma quantidade de princípios, fórmulas, artigos e livros muito grande.
O Racionalismo excessivo ignora a intuição e a criatividade. Portanto, a investigação de algo incomum, não contido no rol das temáticas já abordadas pela ciência, deve oscilar dentro do triângulo de entidades abaixo:
A intuição estabelece uma base para a especulação da origem e funcionamento de um novo princípio. A filosofia tenta experimentar o modelo intuitivo com as ferramentas que a ciência disponibiliza, existentes ou modificadas. Segue-se uma etapa exaustiva de experiências e adaptações dos meios de que a ciência dispõe, para obter novos meios e atingir resultados palpáveis.
Um exemplo de uma nova situação foi o surgimento do contexto que levou a se descrever o Princípio da Incerteza de Heisenberg. Ele não conseguia determinar ao mesmo tempo a velocidade e a posição de uma partícula atômica. Daí, por uma série de observações, tentando colocar instrumentos de intercepção da luz (pela sua natureza de onda e de partícula) para tentar medir estas grandezas, ele descobriu que quando se conseguia medir a velocidade da partícula, sua posição não podia ser mais determinada e vice-versa (experiência da dupla fenda). Daí ele enunciou o seu princípio, característico da mecânica quântica.
Num campo da Física como este, diferentemente da Cinemática (movimento, distância, velocidade), a intuição é tudo para vislumbrar o sistema, o contexto.
Espiritualidade
A Espiritualidade trata daquilo que ainda não tem ou nunca terá por meio de instrumentos de medida disponíveis. Também é um bom exemplo de uma situação nova para a Ciência. Se um fenômeno ainda não está provado em relação a um Princípio Filosófico, mas é constatado pela razão, deve ser usado até para que a intuição de um observador se desperte e faça surgir o princípio filosófico envolvido mas ainda não revelado.
Por exemplo, se por observação constata-se que o afeto (grandeza não mensurável por aparelhos), bem como o amor (igualmente não mensurável) ajudam no restabelecimento de um paciente doente, mas não entendemos o porquê, não vamos ser excessivamente Racionalistas e deixar de utilizar destes recursos, só porque a ciência não estabeleceu o Princípio físico, o método de análise e as medidas experimentais para explicar este fenômeno.
O Racionalismo em torno das curas pretendeu declará-las como influência pessoal ou lavagem cerebral. Ora, a própria ciência experimental diz que se um método produz sempreo mesmo resultado, ele está associado a um Princípio verdadeiro. Mas dar nomes pejorativos a princípios verdadeiros foi uma tática dos cientistas, notadamente os ligados à medicina para coibir o charlatanismo. Mas como o corporativismo desta classe pretende sempre ir além, na direção dos lucros dos laboratórios, resolveram garantir a prerrogativa de cura somente aos métodos da Medicina Química legalizada.
O investimento e a logística da Indústria Farmacêutica é uma verdadeira fábula de dinheiro, ao ponto destes carregamentos estarem no primeiro ou segundo lugar das estatísticas de roubo nas estradas, conforme o estado da federação. O mercado é bilionário. Os depósitos destes produtos são tão seguros quanto os das transportadoras de valores.
Lembrem-se:
Milagres e curas inexplicáveis NÃO GERAM LUCRO para a Ciência Estabelecida.
Em outras palavras:
Milagres e curas não vendem medicamentos.
O interesse é desmoralizar ao máximo a fé. Um artigo de Ben Goldacre, intitulado "Como a indústria farmacêutica manipula resultados" mostra como esta indústria direciona pesquisadores e resultados de teste, para vender os produtos que lhe interessam, e desmoralizam aqueles que produzem efeitos duradouros. Alívio de sintomas dá lucro. Cura diminui o faturamento.
Mas a parte da fé não é esquecida por eles e, por "debaixo dos panos", escritores e cronistas são pagos para desacreditar completamente os princípios espirituais
Conclusão
O Racionalismo é um entrave para o desenvolvimento da ciência. Existe financiamento ilimitado para promover o Racionalismo. O escritor Richard Dawkins é um exemplo. Por que não aceitar dinheiro para fazer aquilo que gosta. Para esta indústria é muito fácil, pois não é difícil achar um escritor ateu.
Portanto, assim como a religião, o ateísmo não deve ser algo em a pessoa se engage às cegas, pois existem interesses econômicos por detrás de todas as correntes. Dawkins deve ser evitado.
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