sábado, 20 de setembro de 2014

Historiografia - O Estudo da História

Historiografia é o registro da História. Cansados de ler daqui e dali, e encontrar mentidos e desmentidos, lógicas sem sentido e teses sem fundamento, resolvemos pesquisar a fundo de onde todos estes historiadores tendenciosos tiraram suas conclusões, revisionismos e teses absurdas.

A Historiografia se vale de:

  • Fontes primárias;
  • Fontes secundárias;
  • Fontes terciárias.
Diariamente os estudantes e comentaristas fazem uso de Fontes Secundárias, ou seja, textos que se basearam nas fontes primárias, com acréscimo de teses, e um leve desvio para o lado do objetivo de quem o escreveu, de acordo coma ideologia que este escritor defende.

História da Historiografia

Os primeiros livros de história a que temos acesso, escritos com finalidade didática, datam do século XVI (1701-1800). Este fato pode até surpreender o leitor, como realmente aconteceu conosco, mas a explicação para isto ter acontecido desta forma reside num fenômeno da Idade Moderna. Foi neste século que o mundo atingiu uma relativa estabilização em sua vida social, após a formação dos Estados Nacionais, detendo os processos crônicos de tomada de territórios por parte das nações mais fortes na Europa. Outro fator foi a Reforma Protestante, que reabriu o acesso da Bíblia para os leigos (até este momento somente os prelados podiam lê-la e interpretá-la) além de livros antigos.

Fontes Primárias

Mas então, como se estudava a história nas antigas Universidades Européias nos tempos antigos ?

O estudo da História utilizava-se das fontes primárias, enumeradas a seguir:


  • Bíblia;
  • História dos Hebreus por Flavius Josephus;
  • História de Roma por Tácito;
  • História de Roma por Tito;
  • História das Guerras Persas por Heródoto;
  • Biografias por Plutarco;
  • Livro dos Jubileus;
  • Livros religiosos;
  • Artefatos levantados pela arqueologia contendo inscrições;


A História do Egito só foi possível de ser estudada após a tradução da Pedra de Rosetta por Champolion em 1822 (ano da independência do Brasil). Os tabletes de Ur na Mesopotâmia foram desenterrados entre 1920 e 1930. Estas descobertas foram checadas em relação aorelato bíblico, para se verificar a veracidade dos achados, e conferiram. A Estela de Hamurabi foi descoberta em 1901.

Portanto, poucas eram as fontes escritas DIRETAS sobre Egito e Mesopotâmia até o século XIX. A única fonte foi a Bíblia até recentemente.

Cronologia

Na Historiografia o parâmetro mais importante as datas. Como ninguém da antiguidade sabia quando Jesus Cristo viria, não podiam acertar com precisão a nossa contagem de tempo. As referências eram dadas em função dos anos de reinado de um determinado rei: "no segundo ano do reinado de ... ".

Porém, no caso do Egito, como havia o Reino do Baixo e do Alto Egito, escribas davam o nome a um rei de acordo com a sua região e cometiam erros de datação. Um dos casos é o do rei Shoshenk, identificado como Ramses III. De acordo com a região do escriba, o nome era dado de uma forma diferente, tudo devido à coexistência de dois reinos no mesmo império.

Acrescente-se a isto o hábito desonesto dose egípcios de apagarem referências a rei que desagradassem a classe sacerdotal. A ordem era expressa de se APAGAR dos registros e dos monumentos aqueles que não interessassem à elite da nação.

Os comentaristas hebreus foram os que mais compilaram dados com precisão. Um exemplo é o Livro dos Jubileus (disponível na Internet). Ali estão os anos exatos desde o nascimento de Adão até a saída do Egito. Posteriormente o trabalho passou para os cronistas dos reis de Israel e Judá. Baixe o livro  e você ficará impressionado com a precisão da contagem de anos. Eles precisavam contar os anos por causa dos Jubileus (período de 50 anos), quando era celebrada uma grande festa, e as propriedades voltavam aos seus antigos donos.

Carbono 14

A origem da polêmica em relação às datas surgiu no século XX com o processo de datação por Carbono 14. O erro deste método está em encará-lo como uma panacéia (solução para tudo). Os resultados não são totalmente precisos, por uma simples razão: as condições atmosféricas do passado não eram as mesmas de hoje.

O decaimento, do carbono 14, bem como a oxidação do Carbono 12 não podem ser considerados constantes em todas as épocas. E esta constância é importante, afinal vai se medir a proporção entre um e outro na amostra. Já se sabe, através da análise de fósseis, que a atmosfera antiga continha 50 % a mais de oxigênio que a atual. O campo magnético da terra era mais  forte. A amostra não pode entrar em contato com outros materiais que contenham carbono, e que certamente a contaminariam.

Este método pode ser usado apenas como referência, como apoio para a datação.

Escrita

A melhor prova arqueológica é dada por evidências escritas. Desta forma, os fatos narrados na prova podem ser comparados a outros da mesma época. A língua utilizada também fornece evidências, pois pode se verificar a época e o estado de evolução que ela se encontrava nos vários períodos de tempo. 

Portanto, os cacos de cerâmica se qualquer escrita só servem de evidências para evitar contradições em relação ao sítio arqueológico. O principal elemento a ser utilizado é a LÓGICA histórica. Um dos problemas com as cerâmicas é que elas podem significar que um grupo humano se originou em tal local, ou que, por exílio, deixou suas evidências no sítio arqueológico. Este processo de exílio de populações inteiras era bem comum no tempo da Assíria.

Fontes Secundárias

As fontes secundárias são os livros, comentários, resenhas, e artigos que utilizem as fontes primárias como subsídio. A grande maioria das fontes utilizadas em nossos livros já são secundárias. ninguém mais quer se dar ao trabalho de traduzir hebraico, grego ou latim. E devido às ideologias de dominação econômica e racial, livros são escritos usando fontes secundárias para, por exemplo, manter a ideologia da origem da civilização a partir da raça branca., quando já é fato que os Egípios tinham a cor de pele negra e Sumérios cor parda escura.

Quando a Bíblia afirma, por exemplo, que Cuxe, filho de Cam. tinha a pele escura e deu origem a Mizraim (Egito), ela se torna uma AMEAÇA à dominação da raça branca. Portanto, a predisposição contra a Bíblia foi plantada pelos revisionistas Europeus, para possibilitar a Colonização Inglesa e Francesa na África. Tirem suas conclusões deste fato.

Conclusão

Hoje, com a facilidade de acesso à informação proporcionada pela Internet, mesmo o leitor leigo pode consultar as fontes primárias, e parar de ser vítima de enganações e ideologias históricas colonialistas.

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Fontes:
Revista Mundo Estranho - Edição 74
História da África - 8 volumes - UNESCO
Cidades Mortas e Homens Vivos - Leonard Wooley
Pirâmides, Esfingese Faraós - Kurt Lange
Assim Viviam Nossos Antepassados - Ivar Lissner


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