Não está sob nosso
dominio o controle dos números demográficos. E entre os instintos
humanos o do sexo por vezes ultrapassa o da sobrevivência, haja
visto os casos de violação da pudícia feminina. O resultado é o
crescimento inexorável da população, com consequente escassez dos
recursos naturais.
Se uma família
cresce, sob um nome de patriarca, é chamada Clã. Seus agregados por
adoção e seus escravos não são da família, mas o são do clã.
Os filhos dos filhos formam novas famílias. Se alguém entre eles
forma um centro de influência, pelo seu volume de bens ou pela sua
atuação guerreira, forma um novo clã, debaixo do nome deste
elemento destacado.
E surgem vários
clãs, pois o germe da multiplicação, se é animal, tanto mais
humano, já que existem interesses em fortalecer o clã.
Quando os inimigos
apontam no horizonte, o que fazer ? “A união faz a força” é um
ditado tão antigo quanto verdadeiro, mas digo mais: é fundamental
para a sobrevivência e prosperidade. Os clãs se unem, e surge uma
tribo que terá neste evento crítico a amálgama eficiente e
duradoura.
Se o povo é só uma
questão de número, a tribo é uma questão mais objetiva e
organizada. Mas se resultante a esta união, as lembranças destes
momentos de crise produzirem festas periódicas de comemoração da
vitória ou da celebração de uma lei única, surge algo mais sério,
que supera número, que supera eficiência e que supera união: os
costumes, as tradições.
Unindo um povo
através de uma lei, de costumes e tradições, temos como produto
resultante a Nação. E se esta perdurar pelos tempos, com todas as
dificuldades e transições políticas internas e externas, ela será
lembrada, temida e invejada.
Então o mundo
pergunta:
“Por que sendo o hebreu um povo tão evoluído, se deixou suplantar por povos muito anteriores à eles e, mesmo, contemporâneos deles?”
Explorando esta
pergunta, poderíamos discutir o mérito perguntando:
“Os hebreus se
deixaram suplantar ?”
Os historiadores
perguntam, assim como os professores de história aos seus alunos:
“Onde estão os
Sumérios, os Assírios, os Persas, os Medas, os Gregos e os Romanos
?”
E o que domina os
alunos é uma grande interrogação. O livro de História à sua
frente canta odes e homenagens a estes povos como evoluídos
tecnicamente, como prósperos, como água que se espalhou pela terra
e que afogou povos em seu caminho.
Os sumérios, povo
que se cogita ter tido conhecimento astronômico de cada planeta do
sistema solar antes que houvesse sequer uma lente polida de vidro
para se fazer um telescópio, onde está ? Está perpetuado nos
livros de História e nas estatuetas pelos museus do mundo. E os
poderosos Assírios ? A mesma coisa, apenas com uma mão de Saddam
Hussein que lhes reconstruiu alguns portais. E gregos ? Bem, posso
dizer que nós somos gregos até mais do que aqueles primeiros povos
dos balcãs, só que os citadinos se perderam nos constantes
conflitos nacionalistas, para se odiarem à menor dessemelhança que
se apresente em suas línguas e costumes.
Lembremos então dos
poderosos e legendários romanos, cujas legiões matavam mais do que
tratores de ferro, e cuja cultura latina permeou toda a Europa. Estão
reduzidos a alguns italianos e sua cultura é a corruptela católica
de um politeísmo sem sentido. Todos os seus costumes de outrora se
transformaram em um binômio: o Euro e o individualismo. Onde há
individualismo, não existem costumes, e sim uma emulação de
comportamento coletivo.
Com a lupa da
história vemos, a princípio um povo, que não se misturou com os
outros, que não perdeu suas leis, que não perdeu suas tradições.
Tão teimoso é este povo que cada conquistador teve que suportá-lo
viver em seu próprio espaço, com suas próprias leis, porque este
não se dobrava à cultura e ao mando do opressor. Hebreus. Povo
difícil de manobrar, adorador de um deus único (que coisa sem graça
para aqueles tempos) e, para piorar, de um deus invisível mais
celebrado do que aqueles em que se conseguia tocar.
Este povo que se
abroga ter o registro de seu nascimento e vida desde tempos
imemoriais, e que por esta e por outras razões atrai o ódio das
nações, que não podem precisar com exatidão de onde vieram ou
como se deu sua trajetória na história. Um povo cuja história é
misturada com a de seu deus, sob cujo o cetro foram tomadas as
decisões em momentos cruciais.
Até o que se dizia
milenar e poderoso império germânico, o III Reich, com toda a sua
perversidade não conseguiu acabar com este povo. E hoje ainda se
esconde por detrás de muitas famílias que trocaram seus nomes para
não morrer nos aparelhos de tortura da inquisição.
Povo hebreu, nação
vitoriosa e eterna.
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